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terça-feira, 11 de junho de 2013

APLICAÇÕES BIOMÉDICAS



A biomedicina atua no campo de interface entre a biologia e a medicina.
Na genética, o biomédico pesquisa as leis e os processos de transmissão de caracteres hereditários e o papel dos genes na definição das características de um ser.
Um exemplo dessas aplicações, é a modificação genética feita em mosquitos, para que eles se tornem incapazes de transmitir a malária.
Pesquisadores do Centro de Pesquisa René Rachou (CPqRR), unidade da Fiocruz em Minas Gerais, conseguiram introduzir uma alteração genética no mosquito da malária que o tornou imune ao parasita causador da doença. O que fazemos é colocar um gene de bloqueio no mosquito vetor, um antiviral, por exemplo. O que precisa ser feito é a adaptação da técnica de microinjeção para cada espécie de vetor que quisermos transformar. A técnica envolve a utilização de capilares de quartzo para a injeção de DNA nos ovos (embriões) dos mosquitos e é realizada com um microscópio, um micromanipulador e um microinjetor.
O problema é que os mosquitos têm a mesma capacidade reprodutiva, capacidade de se dissiparem na natureza e temos que ter certeza de que não venham a ser vetores de outras doenças que não a malária, apesar de não haver nenhum embasamento cientifico para isto.
Para que os mosquitos transgênicos sejam capazes de se reproduzir e tomar o lugar dos outros mosquitos, além de colocarmos um gene de bloqueio, colocamos também um gene para que as fêmeas colocassem mais ovos, vivessem mais, tendo uma vantagem adaptativa sobre o mosquito selvagem.
Foram feitas algumas reuniões para decidir o início dos testes, mas tudo ainda está no inicio. Num momento se pensou em liberar estes mosquitos - depois de terem certeza de que bloqueavam e fossem inócuos - em uma ilha com malária e estudar como os transgênicos se comportariam. Caso houvesse algum problema, seriam mortos com inseticidas.
Estamos em fase de multiplicação dos insetos e, em breve, faremos os testes de bloqueio do parasita da malária aviária. Também estamos em processo de injeção de mosquitos Anopheles para depois testarmos, sempre em nível de laboratório, com sangue de pacientes de malária.
 
Em 2000, pesquisadores europeus publicaram o primeiro estudo sobre o assunto.
 
 
www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=112&sid=3
 
 
 
 
 
 
 

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